Saúde Ambiental
Plano Estratégico de Conservação da Biodiversidade: dê sua opinião
O Brasil está elaborando sua Estratégia de Conservação da Biodiversidade para 2020 e sua colaboração é fundamental. O documento está disponível para consulta pública online até 31/01 no site do MMA. Participe dando sua contribuição sobre o tema e divulgando em suas redes pessoais
Ana Luíza Vastag - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável - 18/01/2012
Planeta Sustentável - 18/01/2012
Durante todo o ano de 2011, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) - em parceria com o WWF-Brasil, a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) - realizou um série de encontros com diferentes setores da sociedade e colheu suas contribuições para iniciar a elaboração de sua estratégia para a conservação da biodiversidade do país.
Esse processo vem acontecendo desde 2010, quando o governo brasileiro aprovou, durante aCOP10, no Japão, o novo Plano Estratégico de Conservação da Biodiversidade da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) para 2020. Apesar do grande valor do acordo global, tal vitória só será de fato significativa se os países se esforçarem para implementar tais metas de redução em seus territórios. O desejo e a necessidade de colocar em prática essas metas resultou na iniciativa de uma elaboração participativa da estratégia brasileira de conservação de sua biodiversidade.
O documento, consolidado pelo MMA no ano passado, conta com todos os depoimentos e ideias recolhidos até então e está disponível para consulta pública até 31/01 na página do Ministério na internet. Diferentes níveis de governo, povos indígenas e comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil e representantes do setor privado e da academia já opinaram. Faça sua parte também, dando sua opinião e divulgando para seus contatos.
O processo conta com diversas etapas de participação pública e seu resultado será apresentado naConferência das Nações Unidas Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro em junho desse ano. O plano ainda servirá de subsídio às negociações sobre financiamento para conservação da biodiversidade durante a COP 11, em 2012, na Índia. Participe!
*Vídeo: Educação ambiental - Aquecimento global
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=jHcyLQ-ojd0&feature=player_embedded
*Expedição vai mapear práticas sustentáveis no Pantanal
MARCELO LEITE
ENVIADO ESPECIAL A MIRANDA (MS)
ENVIADO ESPECIAL A MIRANDA (MS)
A pujança do Pantanal e o fascínio que sua natureza exerce sobre empresários do Sudeste ficam evidentes no campo de pouso da Estância Caiman: dois helicópteros e vários aviões se aglomeram na grama, a poucos metros de uma das imensas baías que fazem a fama da região.
O 10 de julho era de comemoração: a 18ª Festa Pantaneira, cujo ponto alto não foi a prova de laço, como de costume. Em lugar de cavalos e bois, o lugar de honra estava ocupado por uma camionete paramentada com adesivos dos patrocinadores da Expedição Pantanal (Instituto SOS Pantanal, Fundação Toyota, Supermercados Comper e governo de Mato Grosso do Sul).
Até dezembro, a equipe percorrerá 19 mil km, em nove rotas da bacia do rio Paraguai em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Na expedição, que tem custo total de R$ 550 mil, eles têm uma missão singular em suas andanças: conversar.
O objetivo dos expedicionários é recolher e mapear, em cada propriedade, pousada e instituição visitada, um acervo de práticas econômicas e culturais que concorram tanto para melhorar a renda da população quanto para preservar o ambiente.
Os interlocutores serão fazendeiros, pescadores, cozinheiras, ribeirinhos, índios, peões e isqueiros (os fornecedores de iscas vivas).
Mas não será um bate-papo qualquer, explica a bióloga Lucila Egydio, 42, coordenadora da expedição, e sim uma "prosa orientada".
TAREFA COMPLICADA
Conhecedores da reputação de desconfiados dos pantaneiros, o grupo dispensará pranchetas, blocos e gravadores. O questionário preparado tem de estar todo na cabeça de cada integrante do quarteto, que, em três horas de prosa, precisa cobrir 16 tópicos distribuídos em quatro eixos: consumo/produção, infraestrutura, ambiente e questões socioculturais.
Seu maior esforço será não acabarem confundidos com agentes da Polícia Florestal, do Ibama ou da Funai. A ordem é iniciar a conversa esclarecendo que não estão ali para fazer auditoria, mas para descobrir e mostrar quem está fazendo a coisa certa.
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
Integrantes da expedição em Miranda (MS); grupo vai percorrer 19 mil km em nove rotas |
"O foco aqui é a pecuária", admite a bióloga. Os dois Estados (MT e MS) abrigam um quarto do rebanho bovino de mais de 200 milhões de cabeças no país, e cerca de 75% dos bois mato-grossenses são criados no Pantanal.
O grupo viajará de olho em medidas ambientalmente responsáveis como rotação de pastagens, convivência de pastos naturais com capins exóticos (para melhorar produtividade) e curvas de nível (para prevenir a erosão) --mas também registrará aspectos sanitários, educacionais e até culturais, como a confecção de violas de cocho.
Embora menos danosa para o bioma, a pecuária extensiva tradicional no Pantanal já é considerada economicamente insustentável, por ser pouco produtiva. As fazendas vão sendo divididas e vendidas. No aperto para melhorar de vida, proprietários derrubam os capões de mata e substituem as gramíneas pantaneiras por exóticas.
AMEAÇAS
Cerca de 17% do Pantanal já foi desmatado. O restante sofre com as ameaças de fora, como a agricultura intensiva de soja e cana no planalto à volta, onde nascem seus rios. Com a perda de solos resultante, os sedimentos se acumulam nos modorrentos rios da bacia do Paraguai, cada vez mais assoreados.
A degradação é lenta, mas persistente. Já quase destruiu um rio, o Taquari. A Expedição Pantanal quer investigar e difundir o que os próprios pantaneiros já estão fazendo para impedir a generalização desse desastre.
Os jornalistas Marcelo Leite e Lalo de Almeida viajaram a convite do Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai/SOS Pantanal
* 6 Pecados ambientais da sacola plástica
Saiba porque as polêmicas sacolinhas plásticas distribuídas aos montes por supermercados e centros comerciais em todo o mundo são um perigo ambulante para o meo ambiente.
Vanessa Barbosa
Exame.com - 14/06/2011
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